“É uma lástima”. Mauricio Tutty aprova projeto do passe livre, mas lamenta origem do recurso
O custeio do passe livre para
deficientes deve sair de dotação orçamentária da secretaria de Desenvolvimento
Social. Estima-se um valor de R$ 400 mil.
A
discussão em torno do passe livre para deficientes e acompanhantes se aquietou
depois que o Executivo e a Princesa do Sul entraram num acordo e mantiveram o
benefício até o fim de dezembro. No entanto, para garantir o direito, o Projeto
de Lei nº 658/2014, baseado no texto que Mauricio Tutty enviou à prefeitura,
deveria ser aprovado ainda este ano. Retirado de pauta em outras reuniões, a
matéria foi aprovada, em primeira votação, na sessão desta terça-feira (22).
Para o vereador, é mais um avanço às avessas.
“Senhor
presidente e vereadores, não é novidade para ninguém a minha luta contra a
empresa que tem péssimo serviço nesses 30 anos de história em Pouso Alegre. Sou
o vereador que mais atuou nessa causa. Lamento a maneira que se buscou a solução
para esse problema. Eu entendo que o Município poderia buscar a tarifa social,
porque, na verdade, não está havendo passe livre. O que vamos votar hoje não é
passe livre, porque será pago pelo povo de Pouso Alegre, com caixa da
prefeitura e serão, segundo o que temos de informação, mais de R$ 400 mil, de
modo que nós ficamos atados. Se votarmos contra hoje, dirão que nós somos
contra defender os deficientes e acompanhantes”, argumentou.
Mauricio
Tutty sinalizou seu voto em favor do projeto, mas observou os riscos de se aplicar
tal quantia em uma demanda que deveria ser resolvida com um acordo mais amplo e
bem definido entre o Executivo e a concessionária. Por fim, ressaltou que vai insistir em sua
campanha em favor dos menos favorecidos e de causas como essa.
“Votarei
favorável, mas quero lamentar tanto a atitude do Executivo, quanto da empresa.
É uma lástima. É um caminho que não devíamos tomar. Vamos lamentar quando
faltar para a saúde, para quadras, creches, pavimentação, para remédios. Nós
vamos lembrar que tivemos que votar esse projeto para garantir a eles o que já
está assegurado na Constituição Federal. Estamos fazendo o contrário. Lamento,
senhor presidente e vereadores. Saiba que vou continuar minha luta em defesa daqueles
que tem menos”, encerrou.
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