Maurício Tutty vota contra guarda armada nas dependências da Câmara Municipal
Tutty
declarou ser inadmissível o uso de armas na Casa Legislativa que é a Casa do
povo de Pouso Alegre. Resolução aprovada não respeita a lei federal do
desarmamento
Mesmo
com uma pauta de votações pequena, a sessão ordinária da última terça-feira
(30) causou surpresa em quem acompanhava, sobretudo durante a apreciação do
Projeto de Resolução nº 1206/13, de autoria da Mesa Diretora que entre várias
mudanças no acesso a Casa de leis, o projeto mantém o uso de armas por
vigilantes da Câmara. Embora todos os colegas parlamentares tenham sido
favoráveis à matéria, o vereador Maurício Tutty votou contra sozinho e manteve
sua postura de que as alterações ferem o estado de direito dos cidadãos.
De
acordo com a presidente da Câmara, Dulcinéia Costa, que também é uma das
autoras do projeto, as alterações normatizam a entrada de vereadores após o
expediente de trabalho, para o caso de precisarem ter acesso a documentos nos
gabinetes, altera a aferição de frequência dos servidores, diferenciando os
cargos efetivos e comissionados e também regulamenta os serviços de vigilância,
propondo que, após o expediente de trabalho, os guardas estejam armados, salvo
horário em que ocorrerão as sessões ordinárias, extraordinárias, especiais ou
audiências públicas.
Ao
explicar seu voto, o parlamentar afirmou que, desde que ocupou a cadeira no
Legislativo e até mesmo antes da atual legislatura, ele sempre se posicionou
contra os guardas armados. Tutty foi categórico ao defender sua opinião. “Minha
reflexão é: será que precisamos de guarda armada? Se não temos nem na Justiça
Federal, que é onde determinam prisões de indivíduos periculosos”,
questionou.
O
representante do Partido Verde ainda insistiu dizendo que a guarda armada é uma
ofensa ao estado de direito e que pode deixar a população receosa em acompanhar
os trabalhos na própria ‘Casa do Povo’. “Não se deve pôr medo na sociedade, mas
trabalhar a educação e a cultura para que a população tenha o devido respeito à
Casa”, sugeriu.
Tutty destaca que, apesar de ter votado sozinho, fica
satisfeito em ter mantido seu posicionamento a uma resolução que vai contra a
Lei Federal nº 10.826. Conhecida como Estatuto do Desarmamento, a proposição permite
o porte de arma de fogo para os integrantes das guardas municipais das capitais
dos Estados e dos municípios com mais de 500 mil habitantes e garante que essa
história não acabou e irá continuar trabalhando para mudar essa situação.
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