Vereador

Mauricio Tutty

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Abusos da Copasa e Princesa do Sul são contra Pouso Alegre

“Não podemos mais assistir a morte dos nossos rios, as pessoas duas horas no ponto de ônibus, na chuva, no sol e não fazermos nada. E a secretaria de Trânsito está todos os dias assistindo"

A discussão sobre as irregularidades das concessionárias que atuam em Pouso Alegre já virou marca do mandato do vereador Maurício Tutty. Com pouco apoio na Câmara, ele garantiu que vai continuar com sua luta, porque acredita na adesão dos pouso-alegrenses à causa.

“Eu não tenho medido esforços para trazer a discussão da Copasa e da Princesa do Sul. Eu tenho feito um esforço para que minha voz possa chegar aos quatro cantos dessa cidade, porque estamos sendo “roubados”. Mas muitos não querem que a verdade seja dita. Essa luta não é minha, é do povo de pouso Alegre, de cada pai de família, que, ao invés de pagar mais de R$ 100 pela água e esgoto, que não é tratado, poderiam fazer mais pelos seus filhos, na educação, no lazer. Não deixem a voz desse vereador isolada, entrem na luta”, destacou.  

Em seguida, o parlamentar cobrou severamente que a Mesa Diretora tome as providências pelo descumprimento da Lei Municipal 5352/2013 (veja aqui). “Aprovamos um projeto magnífico do vereador Ayrton Zorzi, que não está sendo cumprido. As empresas deveriam, desde janeiro, apresentar suas contas, não o fizeram e a Câmara ainda não exigiu. É preciso que se trate com seriedade essas questões que eu trago à tribuna: os contratos mal fadados que não estão sendo cumpridos. E o Executivo tem que fiscalizar, autuar, notificar e romper os contratos”, vociferou.


Diante do descaso com suas denúncias, Maurício Tutty exigiu respostas e expôs a inércia de quem detém as prerrogativas de prover as melhorias necessárias. “Não podemos mais assistir a morte dos nossos rios, as pessoas duas horas no ponto de ônibus, na chuva, no sol e não fazermos nada. E a secretaria de Trânsito está todos os dias assistindo. Cadê as oito metas? Cadê o GPS dentro do ônibus, cadê a integração das linhas?”

Ao encerrar, citou versos de Bertolt Brecht: “Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim / E não dizemos nada / Na segunda noite, já não se escondem / pisam as flores, matam nosso cão e não dizemos nada / Até que um dia,o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta / E já não podemos dizer nada. Ainda assim, Fora, Copasa. Fora, Princesa do Sul”. 

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