Vereador

Mauricio Tutty

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“E eu, por Deus, não serei traído dentro do meu partido por nenhum homem. Sigo tranquilo (...) estou com o coração partido; de tão verde, está vermelho, sangrando”


Com discurso de desabafo Maurício Tutty confirma saída do Partido Verde e apresenta motivos da desfiliação

Quem acompanha o trabalho do vereador Maurício Tutty se surpreendeu com a notícia de sua saída do Partido Verde, legenda que ajudou a consolidar em Pouso Alegre e com a qual esteve na linha de frente por 13 anos. Uma reflexão enigmática publicada no perfil do Facebook trouxe uma série de especulações a respeito do futuro do parlamentar no PV. Na sessão ordinária desta terça-feira (1º), enquanto se pronunciava, o único som que se ouvia no plenário da Câmara era de seu desabafo. 

“Eu poderia dizer muitas coisas, abrir o peito e dizer tudo o que sinto. Vivi 13 anos de PV. Eu era parte de um partido que tem uma bandeira maravilhosa, mas formado por pessoas que buscam seu espaço no poder político. Os homens e mulheres têm suas estratégias. Elas são políticas, mas agem também com intenções pessoais. Deixo triste o partido, porque não foram 13 dias, mas 13 anos”, assegurou.

Maurício Tutty, assim como informou em nota oficial, na tarde de segunda-feira, resumiu que deixou o partido por ser contrário a alguns posicionamentos que os membros da legenda têm tomado e declarou: “melhor estar fora do que não concordar”. Mesmo triste com a decisão, o vereador insistiu que seu trabalho em prol do bem estar de todos e da cidade continuam, independente de partidos. “Àqueles que me ouvem agora, cada um que votou no Maurício Tutty em várias eleições, que o respeita, que sabe do caráter e da luta por Pouso Alegre, sabe que continuará trabalhando e à frente do ‘Fora, Copasa’ e ‘Fora, Princesa do Sul’”.

Longe das cordiais saudações verdes com as quais inicia e finaliza seus discursos na tribuna, o vereador assegurou que sua luta pela sustentabilidade se mantém. “Defendo e defenderei o Ecocrédito, o IPTU Verde, as leis ambientais, o social e a cultura e também aquele que se julgar autossuficiente”, comentou, criticando. “Fora políticos que não tem condições de serem respeitados na política. Saio com o sentimento de dever cumprido. Defendi o grupo. Não furtei um só minuto em defender meus companheiros, as bandeiras do partido, a sigla”, avaliou.

Maurício Tutty aproveitou para cumprimentar os colegas Wilson Tadeu Lopes e Dulcinéia Costa, ex-colegas de PV. “Talvez ainda nos reencontremos e continuamos nossa caminhada, independente do partido, porque para o povo independe o partido. Eles precisam de vaga em escolas e hospital, de recuperação. Temos que estar a serviço do próximo”, destacou.

Por fim, o parlamentar deixou novas incógnitas no ar, ao dividir suas reflexões pessoais. “Não podemos matar o homem por conta de ideologia, porque elas nos traem. E eu, por Deus, não serei traído dentro do meu partido por nenhum homem. Sigo tranquilo, espero que o cidadão entenda que não deixei o PV por oportunismo político, mas por ética política. Caminho tranquilo e deixo que os companheiros sigam seus caminhos”. Maurício Tutty encerrou seu discurso em tom poético, evocando a transfiguração de cor em suas saudações. “Estou com o coração partido; de tão verde, está vermelho, sangrando”.  



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