NOTA OFICIAL - Depois de 13 anos, Maurício Tutty deixa o Partido Verde
O processo de formação do grupo para integrar
o Partido Verde começou em 2000, centrado no objetivo de compor um partido
distinto, capaz e engajado em discutir os temas ecológicos e que alcançasse
também o social, uma equipe que pudesse fazer a diferença, disposto a trabalhar
para além de seu centro de ações que pudesse ter uma força política. O Partido
Verde possui representações mundiais e isso também contribuiu para motivar a
luta em prol do meio ambiente.
Tomado por esse entendimento, a organização
do partido iniciou a busca por pessoas que comungassem dos mesmos interesses.
Maurício Tutty um dos grandes articuladores para a construção do partido que,
na eleição de 2004, coligado com o Partido dos Trabalhadores que elegeu nomes
como Paulo Henrique e André Antunes, contou com sete candidatos na disputa ao
cargo de vereador.
Dois anos mais tarde, em 2006, Maurício Tutty
buscou avançar barreiras e foi para o sacrifício desafiador de uma candidatura
ao cargo de deputado estadual, mesmo com o Partido Verde ainda em processo de
consolidação. Sua intenção era a de propagar as ideias do PV municipal,
angariar novos membros, explorar e difundir as diretrizes centrais da legenda.
Em uma disputa muito difícil, apesar de não ter sido eleito, o PV conseguiu
mostrar sua força, por meio de uma campanha ecológica, justa, coerente e que
resultou em novos membros para o partido e visibilidade na cidade.
Em 2008, colaborou com novas organizações no
partido e a legenda, mais consolidada, elegeu o primeiro parlamentar em Pouso
Alegre: a vereadora Dulcinéia Costa. Naquele momento, o PV foi o quarto partido
mais votado na cidade e o grupo político pôde participar diretamente da
administração Agnaldo Perugini, tanto no Legislativo, como no Executivo.
À frente da Secretaria Municipal de Meio Ambiente,
Maurício Tutty desenvolveu grandes projetos e programas, com ênfase na
sustentabilidade e na preservação ambiental de Pouso Alegre: idealizou e
contribuiu com a criação e organização da Secretaria de Meio Ambiente que, até
o momento, tinha pouca visibilidade e funcionalidade, como um subdepartamento
de outra secretaria, menos específica. Pleiteou e o prefeito criou cargos
concursados de educador ambiental, técnico ambiental, engenheiro ambiental,
analista ambiental. Participou ativamente no licenciamento ambiental da Dique
II, no fim do lixão e construção do aterro sanitário, colaborou com a
elaboração do plano de manejo do Parque Natural (antigo horto) e sua revitalização,
com o programa de regularização fundiária e outras diversas ações que marcaram
sua gestão como secretário de Meio Ambiente.
Empenhado em fazer mais pela cidade e
motivado em estender seus ideais para além do campo ecológico, Maurício Tutty
resolveu enfrentar a disputa eleitoral em 2012, da qual foi eleito, se tornando
vereador e líder do Partido Verde no Legislativo. Em quase dez meses de
mandato, apresentou as leis de atualização da política ambiental municipal,
anteprojetos para implantação do ecocrédito e IPTU Verde, além de contribuir
diretamente na valorização dos servidores da Câmara e da Prefeitura. É líder
dos movimentos “Fora, Princesa do Sul” e “Fora, Copasa” que buscam a saída das
empresas que fazem mau uso da concessão que detêm e oferecem serviços de
qualidade duvidosa à população.
Atualmente, o Partido Verde cresceu na
Câmara, com três vereadores, e na participação dos cargos do Executivo,
mostrando que todo o trabalho empreendido há mais de uma década foi positivo.
No entanto, a legenda inaugurou uma fase de busca de outros caminhos, que em
algumas ações e/ou metas e ponderações, na sua análise, tendem a ir na
contramão do que foi idealizado.
Assim, sendo o PV um dos partidos mais
votados na última eleição, estando à frente da presidência da Câmara,
desempenhando um papel forte de liderança por meio de seus vereadores,
secretários, filiados e simpatizantes em geral, não haveria, no exame de
Maurício Tutty, o porquê a legenda buscar lideranças de outros grupos políticos
para integrar o Partido Verde. Sobre essa decisão, debatida democraticamente
dentro do PV, foi contrário e entendeu que seria melhor deixar o Partido Verde,
para que seus membros possam caminhar segundo suas estratégias partidárias.
Portanto,
insatisfeito e incapaz de conviver e corroborar com o resultado de como os
eventos e decisões aconteceram internamente, anuncia que deixa o Partido Verde
depois de 13 anos, com muita tristeza, mas ciente de que cumpriu um papel
histórico, político, ético e companheiro. Agradecido pela coligação e
candidatos que o elegeram, declara: “Deixo um grupo para seguir o seu caminho e
eu, junto com a população pouso-alegrense, com os meus eleitores, com cada uma
das pessoas que confiam no meu trabalho, reafirmo o compromisso de estar
sempre à disposição de continuar lutando na Câmara por uma cidade melhor,
ambientalmente equilibrada e socialmente mais justa. Sem dizer, hoje, verde, saudações
amigos!”.
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