Mauricio Tutty propõe discussão mais apurada sobre projeto das carroças
Proposta que trata dos veículos de
tração animal recebeu alterações e gera discussão entre grupos de protetores
animais e de cavalgadas
Pedido
insistente do vereador Hélio Carlos (REDE), o Executivo enviou à Câmara o
Projeto de Lei nº 734/2015, que propõe a redução gradativa dos veículos de
tração animal. Assim que começou a tramitar na Câmara, o texto foi motivo de
polêmica. De um lado, os protetores animais, que veem a proposta como aliada à
causa que defendem; de outro, representantes de grupos sertanejos que repudiam
a intenção do projeto. Ao falar sobre o assunto, o vereador Mauricio Tutty fez
um panorama das discussões.
“Mais
uma vez a Câmara lotada. Quem aqui ama os animais e protege os animais? Não
existem dois grupos. Somos apenas um grupo. Apenas com divergência de opinião
ou que não entendem o que podemos e precisamos fazer. Todos são protetores dos
animais. Eu
votei contrário ao projeto dos rodeios. Fiz na minha fala dizendo que
proibir não resolve, mas traz ainda mais problemas ao diálogo, à democracia.
Mas esse projeto não traz a palavra proibir, mas regulamentar, incluir,
adequar, educar, criar mecanismos de proteção e dar condições aos protetores”,
ressaltou.
Mauricio
Tutty ainda destacou que os maus tratos precisam ser combatidos. “Nós temos
dois grupos de seres humanos: os que respeitam os animais e os mantém junto dentro
de casa, como integrante da família, e outro grupo que utiliza da mão de obra
dos animais. Nós temos que fazer uma reflexão difícil, mas religiosa, no
sentido da Sagrada Escritura. Lá está descrito que Deus criou tudo o que aqui
está, criou os homens e os animais para que vivessem em harmonia. E vivemos,
mas algumas pessoas, por motivos vários, por falta de cultura, de entendimento,
transformaram os animais em escravos. Nós temos alguns que são maltratados e
deixados à morte. Isso existe. Mas não são os senhores e senhoras que estão
fazendo isso. São pessoas que ainda não perceberam que viver em harmonia é
respeitar”.
A
fim de contribuir para que a proposta sirva para atender os objetivos a que ela
se propõe, o vereador, como líder do Executivo na Câmara, solicitou a retirada
do projeto, para ampliar as discussões. “Precisamos continuar dialogando. Se
quisermos que esse projeto sirva como um avanço, nós precisamos conversar mais.
Por esse motivo, eu vou retirar esse projeto, para que nós, não dois grupos, possamos
debater e votar a favor ou contra”, encerrou.
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