Vereador

Mauricio Tutty

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“É assim que a gente muda o mundo: mudando a si”

Mauricio Tutty propõe reflexão sobre ações simples que se tornam gestos transformadores

Embalado pelo debate em torno da criação do feriado para a Consciência Negra, que apresentou uma diversidade de pontos de vista, o vereador Mauricio Tutty foi o primeiro a ocupar a tribuna. Com um discurso mais subjetivo e claro, o parlamentar fez refletiu sobre a consequência das ações humanas, com base em sua própria trajetória.

“Eu, jovem, me perguntava por mais de uma vez, como mudar o mundo. É uma pergunta que intriga todos os seres humanos e a juventude é o momento no qual você mais quer fazer isso. Com a minha militância nas comunidades, na cultura hip hop, nos grupos de arte e cultura e depois nos grupos políticos, eu percebi que eu tinha mudado não o mundo, mas a mim. É assim que a gente muda o mundo: mudando a si. Porque quando você entende que o mundo é grande e formado por pessoas cada um com suas histórias, que constroem a sociedade econômica, cultural, religiosa, filosófica, você percebe que cada um participa da construção desse mundo”, expôs.  

O vereador também falou de ações simples no cotidiano que podem ser agentes de grandes mudanças. “E muitas vezes ele pode parecer injusto. Mas você pode dar a sua contribuição sendo justo. Quando acontece uma catástrofe, você faz como nosso presidente, que está ajudando em Mariana. Quando nós temos a oportunidade de dar uma palavra de resgate, uma palavra de consolo, uma palavra de superação, uma palavra para que se acredite num dia melhor, nós estamos mudando o mundo. Mude o seu mundo e você mudará o das pessoas à sua volta. Eu percebo que, com a minha mudança, nós percebemos que podemos mudar o mundo”.


Ao encerrar, deixou um recado otimista. “Mas não podemos mudar as outras pessoas, porque cabe a elas fazer aquilo que cabe a elas. Não cabe a você escolher o caminho dos outros. Muitas pessoas às vezes apontam para você e tentam criar imagens sobre você que não são a verdadeira. Por quê? Porque essa é a luta entre o bem o mal. Essa é a dicotomia humana, o desespero humano, a disputa do poder. Não o poder político, econômico ou religioso, mas o poder de dizer que se sabe mais, que determinada verdade é a verdade verdadeira. Mas de quem é a verdade? Discutir todos os dias em sala de aula, nas associações de bairro, nos grupos de jovens, nos grupos econômicos é uma possibilidade de você vir a ser. E nós podemos ser o quisermos e podemos ser revolucionários e mudar o mundo”. 

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