Com R$ 34 milhões gastos, Dique II abre nessa madrugada com Jardim Yara sob risco de inundação
Vereador em vistoria na avenida no ano |
“Essa
obra, com os estudos iniciados na gestão do Agnaldo Perugini, contratou a
Universidade Federal de Itajubá (Unifei), que estudou os impactos e conseguiu o
licenciamento. Nesse sentido, eu parabenizo o governador, porque ele, no
momento do licenciamento, disse aos técnicos da SUPRAM Varginha que Pouso
Alegre estava apta a receber a licença. Assim, de posse da licença e de verba
do PAC a obra foi realizada”, comentou.
Maurício Tutty fiscaliza obra e constata desvio |
Mas
as obras não respeitaram o projeto, como alertou o vereador ainda em novembro
do ano. “Quando esse vereador atuava como secretário e foi responsável, com a
sua equipe pelo licenciamento, sendo dezenas de técnicos com mestrado e doutorado
que assinaram pela Unifei, dissemos que seria uma obra topográfica que deveria
alcançar a cota topográfica de 18,5 (linguagem técnica). Uma obra com
determinado nível de suporte para as cheias. Quem foi lá, viu que ela segue um
nível até a ponte e depois há um desnível, chegando na Perimetral e isso está
errado tecnicamente. Não foi isso que o governo do estado autorizou através da
SUPRAM Varginha. Ou seja, o estado autorizou, deu uma licença e ele mesmo a
está contrariando”, destacou, preocupado.
A
principal preocupação é que, enquanto o contentor de cheias auxilie uma comunidade,
possa atrapalhar outra, já que, para o parlamentar, devido a esse erro, o
bairro Jardim Yara corre risco de inundação em época de chuva constante.
Falta de continuidade da ciclovia |
Outro
impasse em torno da Dique II diz respeito aos valores gastos na obra. Além dos
recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, também contam com recursos
vindos da Copasa, resultado de um Termo de Ajustamento de Conduta, firmado
entre a concessionária e o MP. No entanto, os valores vindos da empresa de saneamento
divergiam nas divulgações. “Qual é, afinal, o valor que está sendo empregado
nessa obra pela Copasa? Ela tem feito uma série de publicidades dizendo que são
R$ 18 milhões, num outro jornal e na Agência Minas diz que são R$ 23 milhões, e
o então Secretário de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana enviou
um oficio, dizendo que houve um aditivo de cerca de R$ 3 milhões e, com o
acréscimo, se chega a um total em torno de R$ 18 milhões. Então eu queria
saber: quais são, de fato, os números? Estamos falando em milhões”, questionou.
Em
busca de transparência, Maurício Tutty sugeriu a criação de uma CPI para
investigar qual o valor real que a empresa dispôs para o empreendimento e como
ele foi empregado.
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