“Deficientes são usados como moeda de troca”, afirma Mauricio Tutty
“É justo esse grupo ter sido usado nesse
momento como moeda de troca por uma empresa irresponsável que desrespeita o
povo há anos?”
O
impasse em torno do transporte gratuito para deficientes e acompanhantes
parecia ter sido encerrado de maneira positiva, mas o vereador Mauricio Tutty,
principal apoiador da causa, sinalizou que, mesmo com a entrada do projeto na
Câmara, ainda é preciso fazer adequações e rever aspectos primordiais. Isso porque
o texto define que a gratuidade ocorrerá com o custeio oriundo de dotação
orçamentária da secretaria de Desenvolvimento Social. Para o parlamentar, é uma
decisão que precisa ser reavaliada.
“Eu
quero lamentar, mas torcer, esperar, aguardar que essa discussão do passe livre
seja reconsiderada. O passe para os deficientes precisa ser tarifa social. A Constituição
Federal garante o princípio da equidade: dar mais para quem tem menos e a sociedade
ajudar. É justo esse grupo ter sido usado nesse momento como moeda de troca por
uma empresa irresponsável que desrespeita o povo há anos? Por que não fez com
os militares, com os servidores da justiça, também merecem mas, por que apenas
com essa parcela que mais sofre? Porque se a prefeitura pagar vai faltar na saúde,
na educação, nas obras. O anteprojeto que fiz não tem isso do povo pagar e eu
espero que mude”, ressaltou.
A
decisão foi firmada após uma reunião entre os vereadores, Executivo, a empresa
e mães da APAE. Até dezembro, o passe livre volta a funcionar normalmente. Após
a data, a Câmara deve analisar e apreciar o Projeto de Lei nº 658/2014 para
regulamentar o benefício em Pouso Alegre.
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