“Integração” no transporte coletivo também está incluída na base de cálculo da tarifa, alerta vereador
“Outra
novidade é que na mesma planilha onde ela informa a gratuidade, eu encontrei
também cerca de 6 mil pessoas por mês que já usam a integração, que é a famosa
baldeação, mas pasmem: ele também está no custo. Então, quem está fazendo a
integração, está pagando a segunda vez, porque ele está embutido no custo
final”
Há
semanas tornando pública sua indignação com a Princesa do Sul, por meio de
dados concretos, o vereador Maurício Tutty já não se surpreende com os
resultados que encontra nos estudos das planilhas de custo da empresa. Nessa
terça-feira (30), durante o discurso, o parlamentar exibiu um tom mais ameno
que o das sessões anteriores, mas nem por isso menos enfático e taxativo.
“Venho
a essa tribuna há algumas semanas traduzir o sentimento do povo a respeito do
transporte (...) Nas últimas sessões fiz encaminhamentos
verbais à Mesa Diretora e na quinta oficializei
com pedidos formais, para que fizesse ao contratante, o Executivo, algumas
respostas como: Quantos meses estão cobrando o valor a mais [do PIS/Cofins,
exonerado pelo governo federal] e qual a metodologia seria utilizada para
devolver aos usuários o que foi cobrado indevidamente. Uma segunda pergunta era
se a empresa que vinha dizendo que tinha responsabilidade social e praticava
gratuitdade, porque inclui a planilha de custo aqueles que são declarados
gratuitos”, iniciou.
O
vereador explicou que, além da Mesa Diretora, encaminhou o ofício também ao
Ministério Público e obteve resposta
do judiciário. Ao confrontar as informações fornecidas pelo MP, ele
verificou que a tarifa de ônibus deveria ser bem menor que o valor cobrado
atualmente. “Fiz algumas contas, não batiam, liguei no Executivo para entender
melhor e de fato a desoneração não foi feita, porque seria em torno de R$ 2,46,
mas os técnicos explicaram que existem outros equivalentes, e solicitei as
planilhas que a Princesa do Sul passou ao MP para que eu pudesse fazer a
confrontação”, observou.
Ainda
inquieto com os resultados obtidos, o vereador voltou a se debruçar na planilha
de custos e encontrou novos sinais de cobrança indevida. “Outra novidade é que
na mesma planilha onde ela informa a gratuidade, eu encontrei também cerca de 6
mil pessoas por mês que já usam a integração, que é a famosa baldeação, mas
pasmem: ele também está no custo. Então, quem está fazendo a integração, está
pagando a segunda vez, porque ele está embutido no custo final”. Com outros
assuntos a tratar, ele encerrou o tema e salientou. “Estou trazendo mais essa
questão para que possamos estudar”.
0 comentários :
Postar um comentário